Mallarmé, Stéphane Mallarmé, em carta endereçada a Paul Verlaine: «[…] eu sonhei sempre, e tentei sempre, fazer outra coisa, com a paciência de um alquimista, disposto a sacrificar toda a vaidade e toda a satisfação, como outrora se queimava a mobília e as vigas do próprio tecto para alimentar a fornalha da Grande Obra. O quê? É difícil dizê-lo: um livro, muito simplesmente […]»
Com «A Arte para Todos», uma provocadora e panfletária heresia artística de juventude, e a entrevista concedida ao jornalista Jules Huret em 1891, a célebre carta autobiográfica tornou-se um lugar de passagem (e de paragem) obrigatório para quem queira compreender a obra e a poética do mais influente e radical poeta francês dos últimos 150 anos. Obrigatório, «mas não, certamente, em Portugal» (anota o tradutor Mário Ferreira), onde os três textos essenciais são agora publicados pela primeira vez. Em Autobiografia, volume que começará a ser distribuído na próxima semana e que já se encontra disponível na nossa livraria em linha (ou online, em português contemporâneo).
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